quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

FELIZ 2012


Que todos os seres sejam felizes, ditosos e vivam em Paz

FELIZ ANO NOVO
Paz Inverencial

JFM - Lisboa - PORTUGAL

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011


Ainda que o Cristo nasça mil vezes em Belém, de nada serve se não nascer também no nosso coração.

VM Samael Aun Weor

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O DINHEIRO


O DINHEIRO.
Porque o dinheiro assumiu tão imensa importância em nossa vida?
Dependemos, acaso, exclusivamente dele para nossa própria felicidade psicológica? Todos os seres humanos necessitamos de pão, abrigo e refúgio, disto se sabe. Porém, sendo isto tão natural e simples até para as aves do céu, por que assumiu tão tremenda e espantosa importância e significado? O dinheiro assumiu tal valor exagerado e desproporcionado porque psicologicamente dependemos dele para nosso bem-estar. O dinheiro alimenta nossa vaidade pessoal, nos dá prestígio social, brinda-nos os meios para lograr o poder. O dinheiro tem sido usado pela mente para fins e propósitos totalmente diferentes dos que tem em si mesmo, entre os quais está satisfazer nossas necessidades físicas imediatas. O dinheiro está sendo utilizado com propósitos psicológicos; essa é a causa pela qual ele assumiu uma importância exagerada e desproporcionada.
Necessitamos de dinheiro para termos pão, abrigo e refúgio; isto é óbvio.
Porém quando o dinheiro se converte em uma necessidade psicológica, quando o utilizamos com propósitos diferentes dos que tem em si mesmo, quando dependemos dele para conseguirmos fama, prestígio, posição social, etc., o dinheiro assume, então, diante da mente uma importância exagerada e desproporcionada e, daqui, se origina a luta e o conflito para possuí-lo.
É lógico que temos necessidade de conseguir dinheiro para satisfazermos nossas necessidades físicas, para termos pão, abrigo e refúgio, porém se dependemos, exclusivamente, do dinheiro para nossa própria felicidade e satisfação pessoal, somos, então, os seres mais desgraçados da Terra. Quando compreendemos profundamente que o dinheiro só tem por objetivo nos proporcionar pão, abrigo e refúgio, então, lhe impomos espontaneamente uma limitação inteligente. O resultado disto é que o dinheiro já não assume, diante de nós, essa importância tão exagerada que tem quando se converte em uma necessidade psicológica.
O dinheiro, em si mesmo, não é bom nem mau, tudo depende do uso que façamos dele. Se o utilizamos para o bem, é bom; se o utilizamos para o mal, é mau.
Necessitamos compreender a fundo a verdadeira natureza da sensação e da satisfação. A mente que quiser chegar a compreender a verdade, deve estar livre destas travas.
Se quisermos de verdade libertar o pensamento da sensação de satisfação, temos que começar por aquelas sensações que são mais familiares para nós e estabelecer aí o fundamento adequado para a compreensão. As sensações têm seu lugar adequado e quando as compreendemos profundamente em todos os níveis da mente, não assumem a estúpida deformação que têm agora. Muitas pessoas pensam que se toda ordem de coisas marchasse de acordo com o partido político ao qual pertencem e pelo qual lutam sempre, teríamos um mundo feliz, cheio de abundância, paz e perfeição. Esse é um conceito falso, porque realmente nada disso pode existir se antes não temos compreendido individualmente o verdadeiro significado das coisas.
O ser humano é demasiado pobre internamente e, por isso, necessita do dinheiro e das coisas para sua sensação e satisfação pessoal. Quando alguém é pobre internamente, busca externamente dinheiro e coisas para completar-se e buscar satisfação. É por isso que o dinheiro e coisas materiais assumiram um valor desproporcionado e o ser humano está disposto a roubar, a explorar e mentir a cada instante. A isso se deve a luta entre o capital e o trabalho, entre patrões e operários, entre exploradores e explorados, etc.
São inúteis todas as mudanças políticas sem havermos compreendido antes nossa pobreza interior. Podem mudar-se, uma e outra vez, os sistemas económicos, pode alterar-se, vez por outra, o sistema social, porém se não temos compreendido profundamente a natureza íntima de nossa pobreza interior, o individuo criará sempre novos meios e caminhos para obter satisfação pessoal à custa da paz dos outros.
Urge compreender profundamente a natureza intima deste “mim mesmo”,se é que realmente queremos ser ricos internamente. Quem é rico internamente, é incapaz de explorar o próximo, é incapaz de roubar e de mentir. Quem é rico internamente está livre das travas da sensação e satisfação pessoal. Quem é rico internamente, encontrou a felicidade.
Necessitamos de dinheiro, é certo, porém é necessário compreendermos profundamente nossa justa relação com o mesmo. Nem o asceta, nem avarento cobiçoso compreenderam jamais qual é nossa justa relação com o dinheiro. Não é renunciando ao dinheiro nem cobiçando-o, que podemos chegar a entender nossa justa relação com este. Necessitamos de compreensão para nos dar conta inteligentemente de nossas próprias necessidades materiais, sem dependermos desproporcionalmente do dinheiro.
Quando compreendemos nossa justa relação com o dinheiro, termina, de fato, a dor do desprendimento e do sofrimento espantoso que produz a competição. Devemos aprender a diferenciar entre nossas necessidades físicas imediatas e a dependência psicológica das coisas. A dependência psicológica das coisas cria a exploração e a escravidão.
Necessitamos de dinheiro para satisfazer nossas necessidades físicas imediatas, porém desgraçadamente, a necessidade se transforma em cobiça. O eu psicológico, percebendo sua própria vacuidade e miséria, costuma dar ao dinheiro e às coisas um valor distinto do que têm, um valor exagerado e absurdo. Assim é como o eu quer enriquecer-se externamente já que internamente é pobre e miserável. O eu quer fazer sentir-se, deslumbrar o próximo com as coisas e o dinheiro.
Alegamos sempre a necessidade para justificar a cobiça. Esta última é a causa secreta do ódio e das brutalidades do mundo, as quais costumam, muitas vezes, assumir aspectos legais. A cobiça é a causa da guerra e de todas as misérias deste mundo. Se quisermos acabar com a cobiça do mundo, devemos compreender profundamente que esse mundo está dentro de nós mesmos. Nós somos o mundo. A cobiça dos demais indivíduos está dentro de nós mesmos.
Realmente, todos os indivíduos vivem dentro de nossa própria consciência. A cobiça do mundo está dentro do indivíduo e, só acabando com a cobiça que levamos interiormente, terminará a cobiça no Mundo. Somente compreendendo o complexo processo da cobiça em todos os níveis da mente, podemos chegar a experimentar a grande Realidade.
PRÁTICA
1º - Deite-se de costas, em forma de estrela, abrindo as pernas e os braços para a direita e para a esquerda.
2º - Concentre-se agora em suas próprias necessidades físicas imediatas.
3º - Medite, reflita em cada uma dessas necessidades.
4º - Adormeça tentando descobrir, por si mesmo, onde termina a necessidade e onde começa a cobiça.
5º - Se sua prática de concentração e meditação interna for correta, descobrirá, em visão interna, quais são suas necessidades legítimas e qual a cobiça.
Lembre-se de que, compreendendo profundamente a necessidade e a cobiça, poderá estabelecer bases verdadeiras para o processo correto do pensar.

in “Introdução à Gnose- Lição Nº 5” VM Samael Aun Weor


JFM - Lisboa - PORTUGAL


quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O SIMBOLISMO DO NATAL

“Hoje vamos falar sobre o simbolismo do Natal. É claro que este é um evento maravilhoso, sobre o qual urge meditar profundamente... O Sol, a cada ano, realiza uma viagem elíptica que começa no dia 25 de Dezembro e então regressa outra vez ao Pólo Sul, até a região da Antártica; exatamente por isto vale a pena refletirmos em seu significado profundo.
Nesta época começa o frio aqui no norte, devido exatamente ao fato de que o Sol vai se afastando para as regiões austrais, e, no dia 24 de Dezembro, terá atingido o ponto máximo de sua viagem na direção sul. Se o Sol não avançasse rumo ao norte do dia 25 de Dezembro em diante, morreríamos de frio. A Terra inteira se converteria em um bloco de gelo e realmente pereceriam todas as criaturas, tudo o que tem vida. Assim, vale a pena refletir sobre o acontecimento do Natal. O Cristo-Sol deve avançar para dar-nos vida e, no equinócio da Primavera, se crucifica na Terra; então amadurecem a uva e o trigo. É precisamente na Primavera que o Senhor deve passar por sua vida, paixão e morte, para depois ressuscitar; a Semana Santa é na Primavera (no Hemisfério Norte).
O Sol físico nada mais é que um símbolo do Sol Espiritual, do Cristo-Sol. Quando os antigos adoravam o Sol, quando lhe rendiam culto, não se referiam exatamente ao Sol físico; rendiam culto ao Sol Espiritual, ao Sol da Meia-Noite, ao Cristo-Sol. Inquestionavelmente, é o Cristo-Sol quem deve guiar-nos nos Mundos Superiores de Consciência Cósmica. Todo místico que aprende a funcionar fora do corpo físico à vontade é guiado pelo Sol da Meia-Noite, pelo Cristo Cósmico.
É necessário aprender a conhecer os movimentos simbólicos do Sol da Meia-Noite; é ele quem guia sempre o Iniciado, quem nos orienta, ele é quem nos indica o que devemos e não devemos fazer. Estou falando no sentido esotérico mais profundo, levando em conta que todo Iniciado sabe sair do corpo físico à vontade, que isto de não saber sair à vontade é próprio de principiantes, gente que ainda está dando os primeiros passos nesses estudos. Se alguém está na Senda, tem que saber guiar-se pelo Sol da Meia-Noite, pelo Cristo-Sol, aprender a conhecer seus sinais, seus movimentos. Se o vemos, por exemplo, desaparecer no ocaso, o que é que isto nos indica? Simplesmente que algo deve morrer em nós. Se o vemos surgir do Oriente, o que é que isto nos diz? Que alguma coisa deve nascer em nós”.

In Simbolismo do Natal- VM Samel Aun Weor

JFM _ Lisboa - Portugal

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

SALMO DE DAVID

 Salmo de David:
1.Quem, SENHOR, habitará no teu tabernáculo? Quem há de morar no teu Santo Monte?
2.O que vive com integridade, e pratica a justiça, e, de coração, fala a verdade;
3.O que não difama com sua língua, não faz mal ao próximo, nem lança injúria contra o seu vizinho;
4.O que, a seus olhos, tem por desprezível o réprobo, mas honra aos que temem ao SENHOR; o que jura com dano próprio e não se retrata;
5.O que não empresta o seu dinheiro com usura, nem aceita suborno contra o inocente. Quem deste modo procede não será jamais abalado.

JFM - Lisboa - Portugal

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

JUNG E A ESPIRITUALIDADE


Deixamos um pequeno depoimento de Leonado Boff, teólogo brasileiro em que nos fala sobre Carl Jung, dissidente da tradicional psicologia freudiana, que sempre o tentou desacreditar apelidando-o de bruxo. 



quinta-feira, 17 de novembro de 2011

DIDÁTICA DA DISSOLUÇÃO DO EU



 


A melhor didática para a dissolução do eu está na vida prática intensamente vivida.
A convivência é um espelho maravilhoso onde se pode contemplar o eu de corpo inteiro.
No relacionamento com os nossos semelhantes, os defeitos escondidos no fundo do subconsciente afloram espontaneamente, saltam para fora. O subconsciente atraiçoa-nos e, se estamos em estado de alerta percepção, eles são vistos tal como são.
A maior alegria de um gnóstico é celebrar a descoberta de um dos seus defeitos.
Defeito descoberto, defeito morto. Quando descobrimos algum defeito, precisamos vê-lo em cena, como quem vê um filme, porém sem o julgar nem condenar.
Não é suficiente compreender intelectualmente o defeito descoberto. Torna-se necessário submergir em profunda meditação interior para apanhar o defeito nos outros níveis da mente.
A mente tem muitos níveis e profundidades. Enquanto não tivermos compreendido um defeito em todos os níveis mentais, nada teremos feito e ele continuará a sua existência como um demónio tentador no fundo do nosso próprio subconsciente.
Quando um defeito é compreendido integralmente em todos os níveis da mente, ele desintegra-se… ao se desintegrar-se reduz a poeira cósmica o eu que o caracteriza.
Assim é como vamos morrendo de instante em instante. Assim é como vamos estabelecendo dentro de nós um centro de consciência permanente, um centro de gravidade permanente.
Dentro de todo ser humano que não se ache no último estado de degeneração, existe o budata, o princípio búdhico interior, o material psíquico ou matéria-prima para se fabricar aquilo a que se chama alma.
O Eu Pluralizado gasta torpemente esse material psíquico em absurdas explosões atómicas de inveja, ódio, cobiça, ciúmes, fornicações, apegos, vaidades etc.
Conforme o Eu Pluralizado vai morrendo de instante em instante, o material psíquico vai se acumulando dentro de nós e se convertendo num centro permanente de consciência.
Assim é como nos vamos individualizando pouco a pouco. Sem egos, individualizamo-nos. Esclareça-se, porém, que a individualidade não é tudo. Com o acontecimento de Belém, devemos passar para a sobre-individualidade.
O trabalho de dissolução do eu é algo muito sério. Precisamos de nos estudar profundamente a nós mesmos em todos os níveis da mente. O eu é um livro de muitos volumes.
Precisamos estudar a nossa dialética: emoções, ações, pensamentos, de instante em instante, sem justificar nem condenar. Precisamos compreender integralmente a todos e a cada um de nossos defeitos em todas as profundidades da mente.
O Eu Pluralizado é o subconsciente. Quando o dissolvemos, o subconsciente converte-se em consciente.
Precisamos converter o subconsciente em consciente e isto só é possível com a aniquilação do eu.
Quando o consciente passa a ocupar o lugar do subconsciente, adquirimos isso que se chama consciência contínua.
Quem goza de consciência contínua vive consciente a todo instante, não só no mundo físico como também nos mundos superiores.
A humanidade atual é subconsciente em 97%. Por isso, dorme profundamente, não apenas no mundo físico, mas também nos mundos supra-sensíveis durante o sono do corpo físico e depois da morte.
A morte do eu é necessária. Necessitamos morrer de instante em instante, aqui e agora, não somente no mundo físico, mas em todos os planos da mente cósmica.
Devemos ser impiedosos com nós mesmos e fazer a dissecação do eu com o tremendo bisturi da autocrítica.

Extrato do Livro “ A Revolução da Dialética” de VM Samael Aun Weor


JFM Lisboa - Portugal

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A IGREJA GNÓSTICA - Arnold Krumm-Heller

Primo intelligere,
Deinde credere
"Em primeiro lugar, compreender
Depois acreditar"

São estas as primeiras palavras que se podem ler no Livro "A Igreja Gnóstica", escrito por Arnold Krumm Heller que hoje aqui trazemos. De nada nos vale a fé que não se percebe ou entende. Fé morta como a costumamos chamar...

Esta obra é para os gnósticos de uma primordial importancia porque contem em si os principais ensinamentos que VM Samael Aun Weor haveria em toda a sua obra de desvendar.

Deixamos o Livro, traduzido em português, que pode ser baixado gratuitamente AQUI


JFM _ Lisboa - Portugal

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

CONHECIMENTOS, EPISÓDIOS E HISTÓRIA DA GNOSE NA ERA DE AQUÁRIO

Estava o Mestre há pouco tempo em Santa Marta, quando o Dr. Romero lhe falou na minha pessoa, interessando-se ele vivamente em me conhecer e tal motivou que antes de decorrido um mês já havíamos estabelecido uma relação. Eu convidei-o então para se mudar para Ciénaga com a sua família e ele aceitou. No final do mês de Setembro viajou, instalando-se, no início, num pequeno hotel da Praça da Estação, o Hotel Sevilla, que era conhecido por milhares de viajantes que vinham em negócios. Ali ficou o Mestre apenas uma semana, porque como apareceu de entre os estudantes o meu compadre Arango, este levou-o para sua casa que ficava um pouco mais a sul na mesma Praça. Dali foi-se mudando para outros bairros, para evitar as perseguições dos esbirros da saúde pública, uma vez que ele vivia da medicina das plantas e de unguentos.
Chegou a viver nas praias do Sul, fora da cidade, evitando mais perseguições encetadas contra si por não ter diploma de médico, onde era visitado pelos estudantes, o que despertava a curiosidade dos vizinhos que algum tempo decorrido o denunciavam aos médicos da saúde publica.
Um dia fiz-lhe uma visita à hora do almoço. Quando entrei na porta do pátio, chamou-me à atenção um cãozito que dormia perto dum fogão, feito com três simples pedras, entre as quais punha lenha para cozinhar. A minha comadre Arnolda lavava roupa e os filhos pequenos brincavam no chão. Entrei na salinha da casa e encontrei o Mestre, a dormir deitado numas tábuas suspensas por dois bancos de madeira. O quadro era desolador. Dirige-me a ele e perguntei-lhe:
- "Que faz nessa tábua Mestre?"
Ele respondeu:
- "Um jejum forçado".
Retorqui:
- "O que é um jejum forçado?". E ele disse-me então:
- "Um jejum forçado é quando não há nada para comer".
Lembrando-me, então, que também o cãozinho dormia junto ao fogão, disse lhe:
- "Mestre, mas eu tenho aqui com o que comer"- tirei $3.00 e entreguei-lhos.
Ele chamou a esposa sacerdotisa, entregou-lhe o dinheiro dizendo:
- "Negra, já há com que comer".
Ela saiu para o mercado que não era muito longe e pouco depois regressou com os alimentos para cozinhar. Fez uma sopa de lebranche, típica da região, e o Mestre convidou-me a participar daquele banquete tão bom e gostoso que estava ao paladar.
Vieram-me então à mente muitas conjecturas de tipo: "Porque é que este homem, que tanto sabe, tem que viver tão pobremente? Se eu não tivesse chegado, haveria comida para esta família?", e perguntei-lhe:
- "Mestre, o senhor não se preocupa com o dia de amanhã?" Ele respondeu:
" E com o que queres tu que me preocupe?" Disse-lhe:
- "Com aquilo que fará para que amanhã possa voltar a comer."
Ele impávido, respondeu:
- "Diz-me uma coisa, quantos filhos tens?"
- "Quatro filhos"- respondi-lhe. E ele:
- "Bem, os teus filhos alguma vez se preocuparam com o que vão comer no dia seguinte?".
Respondi-lhe que não e ele retorquiu:
- "Porquê?"
Respondi-lhe que os meus filhos não se preocupavam porque sabiam que tinham pai e que ele se preocupava com eles. E ele respondeu então:
- "Exactamente o mesmo acontece comigo, eu tenho o meu Pai e confio nele, ele saberá o que me dar de comer e disso comerão a minha mulher e os meus filhos".


Extrato do Livro: “Conhecimentos, Episódios e História da Gnose na Era de Aquário” –VM Garga Kuichines que pode fazer download gratuitamente AQUI

JFM - Lisboa - Portugal


quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A SUSPEITA

Um homem perdeu o seu machado e suspeitou do filho do seu vizinho. Achou então que a forma de andar do rapaz era exatamente como a de um ladrão. Deteve-se depois na  expressão concluindo que era a de um ladrão. Tomou em conta que a sua forma de falar era igual à de um ladrão. Enfim, todos os seus gestos, acções e atitudes o denunciavam culpado de furto.
Mas mais tarde, encontrou o seu machado num vale. E depois, quando voltou a ver ao filho do seu vizinho, todos os gestos e ações do rapaz lhe pareciam muito diferentes das de um ladrão.

Conto chinês

JFM
Lisboa - Portugal



quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O DINHEIRO E A RELIGIÃO COMBINAM?

O Dinheiro combina com as “Instituições Religiosas” mas NÃO com a “Espiritualidade”. As Instituições, Seitas, Ordens, Comunidades, Sociedades, Corporações, Estabelecimentos, Fundações, Escolas, Grupos etc., precisam do “Dinheiro” porque converteram a transmissão e ensino espiritual numa “Indústria espiritual de Ganho e... Ambição”, eis a razão porque precisam, como qualquer empresa, de Escritórios, trabalhadores, máquinas, gente que recebe salários, manutenção dos templos e mansões, salões de conferências, compra de equipamentos, estátuas ou artefactos para o culto, despesas de marketing, viagens e logicamente o principal: uma excelente imagem publicitária de grandeza e poder para ganhar mais adeptos para sua causa e com isso arrecadar mais dinheiro, luxos e poder.
A ESPIRITUALIDADE, no entanto, “É uma forma de VIVER, uma maneira de SER”. A Espiritualidade não precisa de nada disto. O ser espiritual é como o diz a palavra em si mesma: EU SOU INTERNO E PROFUNDO. É viver de acordo com normas, virtudes, conhecimento, entendimento e amor universal. “É Ser por aquilo que se É e não Ser pelo que se tem”. A espiritualidade não precisa ser cobrada nem paga, nem pelas religiões nem por aqueles que dizem transmitir ensinamentos ou doutrinas elevadas. A espiritualidade é inata na essência profunda e elevada do ser, portanto jamais se deverá unir ao comércio do dinheiro ou à ambição do homem, porque perde nitidez, clareza e pureza da sua expressão cósmica e universal. A espiritualidade pertence ao “Espírito” é própria do Universo, portanto, está muito longe das misérias humanas e dos seres densos de baixa frequência e vibração, os quais se regozijam quando se unem: A Ignorância com a Escuridão.
Recordem sempre que a maioria das pessoas, não são discípulos, partidários e adeptos de uma “RELIGIÃO”, são sim seguidores e crentes de uma “INSTITUIÇÃO RELIGIOSA OU ALGO SIMILAR ”…
O Ser Uno é o Caminho do Ser.

De autor desconhecido.


JFM - Lisboa - PORUGAL

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

SOBRE O TEMPO

Lembrámo-nos  de trazer hoje aqui um excerto de uma conferência do Mestre Samael, sobre o tempo, numa altura em que este mundo parece tão preocupado com ele:

P. – Mestre, quando o senhor fala da criação dos mundos, seres ou galáxias, expressa-se em termos como “é claro”, é indubitável”, “é óbvio”, “é natural”, etc., em que se baseia para o dizer com tal segurança?

VM. – Vejo aqui no auditório que alguém faz uma pergunta interessante e sinto agrado em responder-lhe.
Senhoras e senhores, quero que saibam de forma concreta, clara e definitiva que existem duas classes de razão.
A primeira vamos denomina-la de “subjectiva”;
a segunda vamos qualifica-la como “objectiva”.
Sem dúvida que a primeira tem como fundamento as percepções sensoriais externas. A segunda, é diferente, e só se processa de acordo com as vivências íntimas da Consciência.
É óbvio que, atrás dos termos citados pelo cavalheiro, encontram-se diversos funcionalismos da minha própria Consciência: utilizo tais palavras da linguagem como veículos específicos para os meus conceitos de conteúdo.
Por outras palavras, ponho certo ênfase para dizer ao cavalheiro e ao honorável auditório que me escuta, o seguinte: jamais utilizaria as palavras citadas pelo senhor, se antes não tivesse verificado com os meus poderes conscientivos, com as minhas faculdades transcendentais, a verdade de tudo o que afirmo. Gosto de usar termos precisos com o propósito de dar a conhecer ideias exatas . Isso é tudo!

P. – Venerável Meste, o senhor mencionou, na sua exposição anterior a aurora da criação. Poderia explicar-nos em que época ocorreu e de quem foi a obra?

VM. – Distinto cavalheiro, na eternidade não existe o tempo. Quero que todos compreendam que o tempo não tem um fundo real, uma origem autentica ou legitima.
Certamente, em nome da verdade, devo dizer-lhe é algo meramente subjectivo, que não possui uma realidade objetiva, concreta e exata; o que existe é uma sucessão de fenómenos: nasce o sol, e exclamamos: “São seis da manhã”; oculta-se o sol, e dizemos: “São seis da tarde”; transcorreram 12 horas.
Mas em que parte do cosmos estão essas horas ou esse tempo? Acaso podemos agarra-lo com a mão, pô-lo sobre uma mesa de laboratório? De que cor é esse tempo, de que metal, ou de que substancia é feito?
Vamos refletir, senhores! Reflitamos um pouco! É a mente que inventa o tempo; na verdade, o que existe de forma subjetiva, é tão só a sucessão de fenómenos naturais.
Infelizmente cometemos o erro de pôr o “tempo” em cada movimento cósmico. Entre o nascer e o pôr do sol colocamos as nossas queridas horas, inventadas ou associadas ao movimento dos astros; mas essas horas são apenas uma fantasia da mente.
Os fenómenos cósmicos sucedem-se dentro do instante eterno da grande vida no seu movimento. No sagrado Sol absoluto, o nosso universo existe como um todo integral, unitotal, completo. Nele se processam todas as mudanças cósmicas dentro de um momento eterno, dentro de um instante que não tem limites.
Torna-se claro e óbvio que, ao se cristalizarem os distintos fenómenos sucessivos deste universo, vem á nossa mente o conceito de “tempo”; mas esse conceito subjetivo, sempre é posto entre um e outro fenómeno.
Realmente o Logos Solar, o Demiurgo Arquiteto do Universo é o verdadeiro autor de toda esta criação. No entanto não podemos pôr uma data na sua obra, na sua cosmogenese, porque “tempo” é uma ilusão da mente, e isto está bem mais além do mero processo intelectivo.
O Inferno ou os mundos inferiores existem desde toda a eternidade. Lembremo-nos daquela frase de Dante na sua Divina Comédia:
Por mim se vai á cidade do pranto, por mim se vai á eterna dor, por mim se vai à raça condenada. Justiça animou o meu sublime Criador, que me fez com o divino poder, a Suprema Sabedoria e o primeiro Amor. Antes de mim, coisa alguma foi criada, exceto as coisas eternas, e eternamente eu perduro. Ò vós que entrais , abandonai toda a esperança” [Canto 3 – Divina Comédia]

In “Sim! Há Diabo Inferno e Karma” SAW – Edição IGB pag. 35 a 37


JFM - Lisboa - PORTUGAL

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A CRIAÇÃO SEGUNDO O POVO JIVARO DO EQUADOR (AMAZONAS)

Falando de cosmogénese, as diferentes culturas do mundo oferecem a sua sabedoria ancestral através de relatos, escritos, lendas ou mitos que, à luz da Gnose, expressam uma série de constantes extraordinárias, de grande similitude apesar das distâncias e épocas que as separam; mostram símbolos com um ensinamento esotérica implícito, largamente reconhecida pela antropologia gnóstica.
É inusitado descobrir que em diferentes latitudes do mundo, o ensino gnóstica se encontra em tribos aparentemente ignotas como a dos Jívaros ou Shuar na zona amazónica do Equador, que veneravam a natureza e as forças que a regem, como Tsunki, divindade da água, Nunkui, a Mãe Terra, Shakaim regente dos homens e Etsa como força do equilíbrio.
Os habitantes desta zona equatoriana conservaram sempre a sua autonomia ao nunca se deixarem conquistar por incas nem por espanhóis e relatam a origem do mundo da seguinte maneira:
“A terra, ao princípio, estava nua e fria. Yus, o deus criador, pensou em vestir a terra seca com árvores gigantes e pequenas plantas. Entre os ramos o vento assobiava, o que recordou a Yus que precisava povoar a sua criação com pequenos animais que assobiassem como o vento. Criou assim pequenos animais, como as moscas e outros insetos, serpentes que também assobiavam e os pássaros. Mas estes pequenos animais que saltavam de ramo em ramo, morriam de sede.
Então deu-se conta de que estes não tinham água, pelo que tomou um jarro de ouro e derramou o líquido sobre as copas das árvores, formando-se entre eles os primeiros mananciais e depois enormes rios, povoando-os de imediato de inumeráveis peixes.
Olhou então o céu e, lançando o seu lenço às alturas, cobriu o céu aparecendo então o sol, a lua e as estrelas.
Mas Yus não estava satisfeito com a sua criação, já que as suas criaturas eram demasiado simples para compreender a grandeza da sua obra, pelo que tomou um punhado de barro e modelou uma figura de homem. Depois subiu a um grande vulcão e sobre a sua cratera se coseu o homem. Yus deu um sopro sobre a figura para arrefecer o corpo, dando-lhe assim a vida e inteligência para que se estendesse pela terra”.

A leitura deste relato, inevitavelmente rememora o génesis hebraico com os seus sete dias da criação. Neste caso, Yus é a representação de Deus, que cria a Terra, só que a princípio estava fria. Certamente estas afirmações referem-se não somente ao aspeto macrocósmico da criação, senão também ao microcósmico, pois tal como é acima é abaixo.
Utilizando esta alegoria, o microcosmos homem, recebe por graça divina, um corpo físico, o qual contém uma psiquis desordenada e vazia, já que carece de alma, uma vez que somente possui dela uma essência ou fração que deve desenvolver, tendo também a mente fraccionada e imprecisa, a qual obedece a instintos e desejos. A Terra está nua ao princípio porque o corpo físico não possui as vestimentas da alma (corpos solares).
Deus criou árvores e plantas, além de animais para povoar a Terra, isto é, o ser humano quando acorda a consciência, cria vida no seu interior, os elementos concientivos que frutificam em valores, ética e sabedoria. No entanto, a Terra está seca e requer água, a vida alimenta-se com o líquido vital, que no ser humano representa a energia criadora proveniente das gónadas. Matéria criada pelo mesmo Yus e que o indivíduo deve transmutar para o permitir ascender como energia subtil (proveniente do jarro de ouro) através de canais ocultos na ultra fisiología do corpo físico e que a conduzem desde as gónadas até o cérebro para chegar posteriormente ao coração. Essa energia criadora transmutada com vontade e imaginação através de exercícios de entrega à sabedoria gnóstica, faz frutificar a árvore da vida e a árvore da ciência do bem e do mal; e a semente da sabedoria germinará no interior do ser humano.
Posteriormente criou Yus lhe céu, o Sol, a Lua e as estrelas, símbolo das dimensões superiores da natureza do homem. Os céus representam os estados de consciência superiores do ser humano, os níveis superiores do Ser. No entanto a obra de Yus não termina aí, o nosso Deus interior procura a criação do Homem, para o qual é necessário que o indivíduo elimine da sua psiquis os elementos egóicos, e assim adquira a capacidade de dominar os animais e as criaturas do seu mar interior; isto é, que se converta em rei e senhor da sua própria natureza, no “homem vivente”, o homem do sexto dia da criação, feito a imagem e semelhança de Deus, o Homem que se integrou com a divindade, o Mestre Ressurrecto.
O homem autêntico foi feito de barro, material que suporta o fogo da criação e é dotado de divindade mediante o sopro celestial, o hálito de vida. Assim, para nos podermos transformar em homens feitos a imagem e semelhança de Deus, precisamos de um “Choque” especial, que é o conhecimento esotérico crístico. No início, o homem físico precisa de um “choque” físico, que é o do ar que respira no momento de nascer. Depois, o homem físico precisa de um segundo “choque” especial, necessita de alguém que o ensine, precisa receber a luz do esoterismo para que se possa transformar a si mesmo. Finalmente, precisará um terceiro “choque” para que possa converter-se num homem à imagem e semelhança de Deus, trabalhando com a energia criadora e a eliminação dos agregados psicológicos.
Por isso, é importante entender que enquanto não se eliminarem os “elementos indesejáveis” da psiquis, obviamente se vai mal.

“Aqueles que pensam que se podem progredir sem eliminar os “elementos indesejáveis” do sua psiquis, estão equivocados, totalmente equivocados”. (Samael Aun Weor)

Texto publicado na “Revista Ser nª 51, traduzido e adaptado.

JFM - Lisboa - Portugal

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

AS MANIFESTAÇÕES DO EGO


Todas as manifestações egoicas são um desastre, uma aberração, uma perca de energia, um delito de lesa-majestade para com o Intimo, um peso para a nossa Consciência.
Nenhuma delas pode fazer recuperar o controlo interno; pouco de positivo podem ter as emoções negativas (que são manifestações do ego); muito menos de santas ou sagradas.
Também não é verdadeiro que o reprimir das emoções as torne negativas, elas já são negativas por si mesmas, na sua origem e na sua expressão.

Por isso se ensina, na Psicologia Gnóstica, que temos que reprimir, quando incitados, as expressões egoicas, as emoções, pensamentos e ações negativas sempre e quando nos identificamos com tal ou qual situação.
O problema está em que não devemos nos ficar só na NÃO Identificação e
refrear a ação para não  dar alimento ao Ego, devemos, logo, em Meditação profunda, estudar, analisar, compreender e eliminar, os "atores" desses dramas, comédia ou tragédia da nossa vida, devemos digerir essas impressões que motivaram a emoção negativa, o pensamento negativo, a ação negativa, porque esses "atores", já o sabemos, são os nossos defeitos de tipo psicológico.

Depois e após ter observado, compreendido e eliminado os nossos defeitos de tipo psicológico, se adquirimos a "Sapiência do Pecado", é porque a Revelação Gnóstica do Ser se tornou presente e nos deu essa sabedoria, não porque o Ego ou a emoção negativa que o representa no-la tenha outorgado.

Os dados que nos causam tais emoções são corretos, mas há que expressar o nosso desacordo com aquilo que nos engana, sempre de acordo com a Doutrina.

Texto de César Owen- Traduzido e adaptado do espanhol.

JFM - Lisboa - PORTUGAL

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

HUA HU CHING




Contrariamente ao que se crê, “Tao Te King” não foi o único livro escrito por Lao Tse.
HUA HU CHING foi outro livro de onde foram recompilados alguns outros ensinamentos:



  • Não te deixes aprisionar por superficialidades espirituais.
  • Cantar não é mais sagrado que escutar o murmúrio do regato; fazer passar as contar do rosário entre os dedos não é mais sagrado que respirar; vestir hábitos religiosos não é mais espiritual que vestir roupa de trabalho.
  • Praticando a virtude encontrarás melhor satisfação.
  • Se deres de maneira generosa e anónima, iluminarás a tua obscuridade interior e a tua virtude irá converter-se num santuário de que beneficiarás tu e os demais.
  • No terreno dos pensamentos e das ideologias nada é absoluto.
  • A maioria das religiões reforça o apelo que existe a falsos conceitos.
  • Se levas uma vida rendendo culto a divindade ou instituições religiosas como se fossem fontes de verdade subtil, mais não fazes que colocar intermediários entre ti e o divino e acabas como um mendigo a procurar fora o que abunda no teu coração.
  • As práticas contemplativas que conduzem à imortalidade e á iluminação, só podem ser compreendidas por aqueles que romperam os laços com o mundo material da dualidade dos dogmas.
  • Não traces uma linha entre aquilo que é espiritual e o que não é. Se separas a tua vida espiritual da vida comum, ficas fora do Caminho
  • A suprema verdade não se pode expressar por palavras por isso o verdadeiro Mestre nada tem a dizer e simplesmente se dá a si mesmo no serviço que presta.
  • Os ensinamentos de um Mestre não são o remédio mas a receita. Ele não te conduz o destino, apenas te dá o mapa para que te poderá servir os desígnios.
  • Um Ser integral não ambiciona iluminar os que não são conscientes nem pretende levar ninguém ao reino da divindade. Para ele não existe o eu e o outro, logo, nada há a elevar.
  • Não acredites que acumulas verdade quando vais somando conhecimentos. O conhecimento é fonte de dúvidas e faz com que tenhas cada vez mais e sempre sede de mais conhecimento.
  • Procura viver e forma honesta. Não exageres na importância do inteleto, pelo contrário, integra mente, corpo e espírito em todas as coisas. Se o fizeres chegarás a ser um Mestre de conhecimento, em vez de um ser vítima de conceitos.
  • Se a mente, corpo e espírito não estão plenamente desenvolvidas e integradas não se alcançará nenhuma elevação espiritual. Por isso as religiões e as ideologias extremistas não frutificam.
  • Da mesma forma que há harmonia nas ribeiras, quando o rio corre limpo e dentro do seu leito, assim a tua vida estará arrumada se exerceres o controlo sobre a tua mente.
  • A consciência total e a completa iluminação não se alcançam sem disciplina nem com praticas inadequadas.
  • Se quiseres superar-te não faças práticas nem disciplinas parciais, porque como não estudarás teu corpo através da observação de um dedo, também não entenderás o Universo através de uma só ciência.
  • A ânsia de iluminação e imortalidade não é diferente da ânsia de riquezas materiais.
  • Não acredites que quando meditas silenciosamente clarificas a tua mente. A claridade apenas se alcança quando se ouve o mundo.
  • Quando honras os teus pais, amas os teus filhos, ajudas os teus irmãos, és leal para com os teus amigos, cuidas do teu cônjuge com devoção, trabalhas com alegria, assumes as tuas responsabilidades; quando apesar de compreenderes as verdades absolutas agires com normalidade, virá claridade á tua mente e encontrarás a tua forma correta de meditar
  • Pensa que o Caminho e falar sobre ele não são a mesma coisa que percorre-lo. Acaso alguém se converte num bom cavaleiro por falar sobre cavalos?
  • A tua natureza e a natureza do Universo são a mesma coisa: indescritíveis e eternamente presentes
  • O ego faz-te acreditar que o mundo é vasto e a partícula pequena; mas a verdade subtil é que o mundo e a partícula são a mesma coisa. Nem um é vasto nem o outro minúsculo.
  • Faz parte da Lei Cósmica que aquilo que fizeres e disseres há-de determinar a tua vida.
  • Se defendes uma ideia haverá outro que luta contra ela. Em pouco tempo ambos estarão discutindo com um terceiro e depressa toda a tua vida será tagarelice e contradição.
  • Quando te aperceberes que aquilo que fazes aos outros o fazes a ti mesmo encontrarás a Grande Verdade.
  • Escolhe alimentos, roupa e morada de acordo com a natureza. Faz com que o trabalho e o ócio sejam a mesma coisa. Faz exercício que desenvolva todo o teu ser e não apenas o corpo, e cuida para que a musica que ouves te ligue com as outras três esferas do teu Ser.
  • Se a tua disponibilidade de dar felicidade for limitada a de receber também o será.
  • Só quando se souber que o amanhã chegará se pode descansar tranquilamente na noite.
  • Todo o momento é frágil.
  • Por muito felizes que hajam sido os momentos do passado, não se podem conservar; por mais gozosos que sejam os do presente não se podem guardar; nem os do futuro se poderão aprisionar.
  • A mente empenhada em deter o rio, deixa passar de lado a simples verdade do momento.
  • Ama a vida!
  • Não te escondas em retiros espirituais.
  • Podes ser um bondoso eremita contemplativo aqui mesmo, no meio do bulício do quotidiano viver.



JFM - Lisboa - PORTUGAL

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A MENSAGEM DE AQUÁRIO


Narração do Mestre Samael Aun Weor no Manifesto de 1972:
Tempos atrás vivi uma experiência mística transcendental nos mundos superiores de consciência... Não importa agora o dia e a hora; era uma noite muito agradável e lembro-me claramente de me encontrar face a face com minha Divina Mãe Kundalini, a Serpente Ígnea dos nossos mágicos poderes.
Existem momentos especiais na vida e esse era um deles; certamente não quis desperdiçar a oportunidade que me era dada. Precisava falar com a Adorável; podemos chamá-la de Ísis, Adonia, Insoberta, Rhea, Cibele, Tonantzin, Maria, Ram-Io, Maha-Lakshmi, Diana, Maha-Saraswati ou qualquer outro nome.

- Mãe, todos os Iniciados viajam. Blavatsky viajou muito. Steiner, Krumm-Heller, Krishnamurti - todos eles viajaram muito. Por que tenho que passar a vida encerrado aqui no México? Por que não me deixam viajar?
Ela respondeu: - Porque destruiriam esse corpo que a Mãe Natureza tanto trabalho teve para te dar.
- Não me importa que destruam meu corpo! Amo a humanidade e estou disposto a sacrificar até a última gota de meu sangue, disse.
- A questão é que não destruiriam somente teu corpo, mas também o de muitos outros, e isso não seria amor, respondeu-me. E continuou:
- Não esqueça que tu és o Avatar de Aquário; tens que entregar à humanidade uma Mensagem bem diferente de tudo que já foi ensinado até hoje. Trata-se de um ensinamento completamente novo e totalmente revolucionário para a nova era.
Ditas essas palavras, a Adorável Devi Kundalini se afastou para o espaço infinito, mas continuei ali meditando…
Ela é a Deusa da Palavra, adorada por todos, que outorga a Iluminação ao yogue. É Ela quem nos dá o Mukti (1) da beatitude final ou o Jhana da liberação.
Não é demais, aqui neste Manifesto, fazer os seguintes enunciados:
 "Jamais podemos mesclar a gnose com outras doutrinas".
"Não se remenda roupa velha com tecido novo". Quando se faz, o tecido novo rasga o velho e, além disso, não combinam.
"Não se guarda vinho novo em odre velho". Se o fizeres, o vinho novo romperá o odre velho e se perderá toda a produção.
"Vinho novo armazena-se em odres novos. Assim, um conservará o outro".
É evidente e claro que os ensinamentos dados à humanidade enferma por todos os Iniciados do século anterior e princípios do atual [séculos 19 e 20] são maravilhosos, extraordinários, porém, a Mensagem para a Nova Era é bem diferente.
Não somos contra nada e ninguém; não atacamos doutrina alguma. Respeitamos todos os autores, escolas, seitas, religiões, lojas, sociedades.
Limitamo-nos unicamente a cumprir nossa missão, que é entregar a doutrina gnóstica. Todos têm o direito e a liberdade de aceitarem ou rechaçarem nossa doutrina ou interpretarem-na como acharem melhor.
O autor destas linhas não se presume nem de sábio nem de santo, e nem pretende ser mais que seus semelhantes. Limita-se a cumprir um dever: Entregar esta Mensagem - e isso não é delito.

(1)NT - Mukti ou Moksha quer dizer 'liberação do samsara'. Jhana geralmente é traduzido como 'estado de absorção'.

JFM - Lisboa - Portugal

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

EXERCICIOS PRATICOS DE LAMASERIA

Exercícios de Lamaseria
Uma Ioga simples, que pode ser feita em 15 minutos, e trás todos os benefícios na Ioga Tibetana.
Primeiro Exercício


O estudante deve-se colocar de pé com os braços abertos em forma de cruz e começar logo a dar voltas e girar da esquerda para a direita como os ponteiros do relógio (ver figura) . Os chacras também girarão ao realizar o exercício com alguma intensidade e depois de um tempo de prática. Imaginemos que estamos parados no centro de um relógio e depois giramos no sentido das agulhas do relógio, até fazermos doze voltas. É claro que alguns começarão com poucas voltas até chegarem as doze. Far-se-á com os olhos abertos e ao acabar de girarmos, fecharemos os olhos para não cairmos devido a tontura, que é consequência das voltas que damos.
Segundo Exercício


Depois de girarmos, e aberto os olhos, quando a tontura já tiver passado, deitamos no chão em posição decúbito dorsal, com os pés juntos e as pernas esticadas com os braços abertos em forma de cruz. Agora identifique-se com essa Essência Divina que a em nós.
Obs.: Aqueles que não pedirem para se curar, podem pedir por qualquer outra necessidade. Pode ser para eliminar um problema ou defeito psicológico que possuirmos, etc

Terceiro Exercício

Agora, Inspire o ar, com os pulmões completamente cheios levante as pernas até ficarem em posição vertical (ver figura 3) e com as mãos ajude a sustentá-las, mas sem dobrar os joelhos. Procuraremos ficar o mais vertical possível mas, sem levantarmos as nádegas do chão. Isso é o que se chama no Oriente o Viparita Karany Mudra. Então o sangue flui todo para a cabeça, para assim fazer trabalhar determinadas áreas do cérebro, para fortalecer os sentidos, etc. Abaixe as pernas lentamente até voltar na posição inicial e somente ai expire o Ar dos pulmões.
Se pode fazer este exercício 21 vezes... ou até quando achar necessário.
Também se pode permaneceremos um tempo nessa posição... em estado de mística e inspiração...
É claro que vamos nos acostumando a estes exercícios com muita paciência, lentamente, até chegar o dia em que os façamos com facilidade.

Quarto Exercício

Agora nos coloquemos em posição de joelhos em direcção ao oriente. Inclina-se um pouco a cabeça para baixo, só um pouquinho. Em seguida façamos três Pranayanas assim: Coloquemos o dedo indicador da mão direita na narina esquerda e inalamos pela narina direita. Agora fechemos as duas narinas com os dedos, indicador e polegar. Retemos o ar por vários segundos (ou o tempo que se consiga), e em seguida abramos a narina esquerda e exalemos todo o ar. Logo após, inalamos pela narina esquerda tapando a direita com o dedo polegar.
Novamente, pressionando as duas narinas com os dedos indicador e polegar, repetindo o exercício por mais duas vezes, até completarmos três inalações e três exalações. Isso equivale a três Pranayanas. Só se usam os dois dedos citados.

Quinto Exercício


Agora, mais uma vez inspire enchendo os pulmões de ar, e incline-se para trás, até onde aguentar, e fique assim por algum tempo, volte a posição inicial e somente ai expire o ar. Este exercício por exigir muito esforço mesmo sendo curto, mas é bom para dar agilidade ao corpo e eliminar algumas toxinas. O interessante é fazê-lo o melhor que pudermos.

Se indica fazer pelo menos 11 vezes este exercício.

Sexto Exercício

Em cada exercício há necessidade de nos inspiramos para ter maior resultado...

Agora, nos sentamos no chão com as pernas esticadas para diante e as mãos colocadas para trás sobre o chão (ver figura). O tronco do corpo inclinado um pouco para atrás, apoiado nas mãos, a cabeça mirando para frente, calcanhares juntos, as pontas dos pés abertas em forma de leque. É importante que as mãos estejam no chão com os dedos para a frente.



Em seguida é só encolher um pouco as pernas, colocando as plantas dos pés no chão (ver figura) Levantando as nádegas como o rosto e o estômago até ficarem em linha horizontal (posição de mesa). O corpo estará apoiado nas mãos e nos pés, formando uma mesa.


Como nos exercícios passados, se inspira o ar antes de começa-lo e se expira quando se volta a posição inicial.


Indica-se fazer pelo menos 11 vezes este exercício, ou o quando achar necessário.

Pranayana

Antes de passarmos ao próximo exercício é interessante fazer vários pranayanas como fizemos no exercício n º 4.

Sétimo Exercício


Coloquemo-nos em posição de lagartixa, com as palmas das mãos postas sobre o chão, apoiados na ponta dos pés que estão esticadas para atrás. (como a figura) Sempre olhando para frente, conservando em linha recta a cabeça, a nuca, as costas, as nádegas, as pernas e os calcanhares. Inspiramos, e efectuamos o segundo movimento: baixamos a cabeça e a colocamos debaixo do peito o mais que pudermos, enquanto o quadril deve estar o mais próximo do solo, mas sem toca-lo.

Mantemos a posição das mãos, com a cabeça para baixo e avançando os pés para frente, ou as mãos para trás, até ficarmos na posição de arco humano (ver figura). Repetimos esse Exercício por varias vezes. Depois podemos permanecermos um tempo nesta posição (de arco), abaixamos um pouco os joelhos e os dobramos para baixar o corpo e finalmente nos levantamos. Nesta Posição de arco humano o sangue vai para a cabeça irrigando todas as áreas do cérebro. Repetimos os dois movimentos, para baixo e para cima. (ver figura), Esse exercícios também é conhecido com o nome de Saudação ao SOL.
Todos estes exercícios são ritos, modos de oração, não são apenas exercícios físicos. É um equilíbrio entre o físico e o espiritual. No Tibet os Lamas, quando trabalham com estes exercícios, botam no chão uma almofadinha ou pequeno carpete fazendo ali seus exercícios. Não há dificuldade se fizermos os exercícios sem almofada, o importante é fazê-los.

Oitavo Exercício

Deitados no chão, levantamos as pernas e as encostamos na parede, ficando as costas sobre o chão (sem almofada). As mãos e os braços sobre o chão paralelamente ao corpo(ver figura) ou com as mãos repousando sobre o ventre. Este é um exercício especial para realizarmos um grande trabalho de nosso organismo.

Obs.: este exercício também ajuda a despertar a mística e a intuição dentro de nós.

Esta posição se chama: (Viparita Karani Mudra), É um rito maravilhoso para conseguirmos o rejuvenescimento do Corpo Físico.
É um pouco difícil se manter por muito tempo nessa posição tanto que no Tibet se te um mito que quem lograr fazer este exercício por três horas vencerá a morte e reconquistará a juventude!
É interessante começar só como cinco minutos e depois ir aumentando gradativamente, com paciência, devagar, aumentando um minuto diário.
O Viparita Karani Mudra (ver fig.3) pode-se praticar toda vez que se faz a série dos 6 ritos. Ou pode-se praticar somente ele, à noite, por apenas uma vez, antes de deitarmos.
É interessante cobrir as pernas, com um lençol no verão e com um cobertor no inverno, durante toda essa prática...
Se diz que:“Depois de seis meses de fazer esta práticas, as pessoas com certa idade avançada deverão alegrar-se, porque entram num processo magnífico: os cabelos cinzas vão desaparecendo e também as rugas. Através do tempo irão desaparecendo e finalmente chegara o momento que não ficará nem ruga nem cabelos cinzas, pois o sangue enriquecido com hormônios irá fortificar o cérebro e enriquecerá todas essas zonas do couro cabeludo a fim que os cabelos cinzas desapareçam. Um sangue rico transforma o cabelo, e os tecidos gastos que formam as rugas, transformam-se com a criação de novas células. Estes exercícios não são para cidadão de tal ou qual país, não. São para todos os cidadãos gnósticos do mundo.”
V.M. S.A.W

OBS: É MUITO IMPORTANTE O SÁBIO MANEJO DA RESPIRAÇÃO JUNTO A PRATICA DA IOGA. DEVE-SE SEMPRE INSPIRAR ANTES DE COMEÇAR CADA EXERCÍCIO, E EXPIRAR O AR SOMENTE AO FINAL DELE.


JFM - Lisboa Portugal